Todos os casos surreais presentes no Baseado em Fatos Surreais tem muito a ver com a minha história pessoal, vivência e troca com outras mulheres – afinal, foi assim que o podcast nasceu.
Então, senta que lá vem história
Sabe o famoso “na minha época isso tudo era mato”? Pois é! Como mulher atuante na podosfera brasileira desde 2015, fui cortando o mato a facão junto com outras mulheres podcasters (alguma delas, inclusive, já participaram do Baseado em Fatos Surreais) até chegar na alegria e responsa de mais de 1 milhão de plays, só em 2020.
6 anos atrás, quando a vida era outra e a gente ainda podia se encontrar com a galera para jogar conversa fora e trocar histórias, eu e meu grupo da época tomávamos café da manhã juntes aos sábados pra esses bate papos sobre a vida. Nesses encontros, rolavam verdadeiras discussões abertas sobre muitos assuntos, por exemplo: o que é gênero; o que é ter razão; o que é propósito… Nossa, era muito muito legal! E eu sempre pensava: esse conteúdo pode ser bom pra outras pessoas também… logo, a gente deveria gravar e compartilhar!
Foi a partir dessa ideia que eu me descobri.
Fiquei en-lou-que-ci-da com a experiência de produzir e apresentar áudio em podcast. Sei lá, acho que conectou com a Marcela criança que sonhava em ser apresentadora de TV (tipo a Xuxa, sabe?) ou a Marcela adolescente, que queria mais do que tudo nessa vida ser VJ da MTV (tipo a Sarah Oliveira ❤️); #descolada ela.
Eu fazia as gravações desses papos com muito entusiasmo. Até cheguei a pensar em um canal no Youtube, mas eu não funcionava bem com a câmera, meu negócio sempre foi áudio mesmo.
A potência da voz feminina
Bom, em 2016, a podosfera era basicamente nerd e masculina. O que me deu ainda mais vontade de fazer algo pra mulheres, sabe? E algo que fosse entretenimento e também pudesse provocar os/as ouvintes em suas ideias e concepções do que é ser mulher.
Porque eu passei por TANTA coisa na minha vida – tanta coisa mesmo! – que em vários momentos o que me ajudou foi poder conversar com alguém. Nessa troca, sempre apareceram experiências e feminilidades tão diversas e potentes! Isso me inspirou a levar pro radinho as histórias e o surreal da vida, aqueles detalhes cotidianos. Afinal, não existe uma fórmula certa de ser mulher – e que bom!!!
Ao longo desses 5 anos de podcast, juntes, nessa comunidade de pessoas incríveis, ouvimos muitas vozes e sotaques, histórias e vivências de diferentes heroínas. Só em 2020, foram 77 casos surreais, muitos altos e baixos, e uma chuva de emoções pelo radinho.
Já teve caso com direito a citação de Inês Brasil, “se me atacar, eu vou atacar”; heroína que cresceu com uma mãe narcisista; outra que achava que não podia fazer cocô na frente do crush; e aquela que esqueceu a vela acesa na mesa e deixou a casa pegando fogo enquanto curtia uma brisa. Teve porrada na balada; páginas da Bíblia reutilizadas (nem vou dizer como)… teve de um tudo!
Como costumo dizer: aqui o assunto é a vida e o detalhe, o surreal.
E eu sei, que quando a gente conta a nossa história, quando a gente compartilha, e quando ouve a nossa história através de outra pessoa, acontece um processo interno, sabe? Terapêutico. As emoções associadas com a história são elaboradas e se transformam.
Não só isso: quando a gente ouve histórias de outras pessoas, também nos transformamos. Tá na essência do ser humano o desenvolvimento através das histórias.
Parênteses pra contar aqui o que a amiga Mari Bandarra me falou: que às vezes, a história que a gente houve é exatamente a história que a gente precisa contar pra uma mulher que vamos encontrar dali há pouco. Como se houvesse uma conexão mágica.
O famoso “perrengue chique”
Até o ano passado, a campanha de financiamento coletivo do podcast era bem tímida. A maior parte dos recursos vinha de investimento pessoal meu, Marcela, e da Sheylli, além de uma porcentagem reservada de projetos e clientes que atendíamos, produzindo podcasts corporativos, dando aulas e afins. Foi com com o #AgostoSurreal, um mês inteirinho de episódios todos os dias, que a campanha cresceu um pouco e batemos a nossa meta de custos mínimos de R$500,00 (quinhentos reais) por mês.
#curiosidade antes de março de 2020, com o início do isolamento social, as gravações dos episódios sempre foram presenciais. Fazia parte do formato do programa estarmos juntas. Transmitir as gravações do #AgostoSurreal em lives no Instagram e no YouTube foi o jeito encontrado pra emular a proximidade com outras pessoas.
Esse ano o Baseado em Fatos Surreais celebra 5 anos.
E eu quero realizar novamente um agosto lotado de histórias e vivências de heroínas espalhadas pelo Brasil todo. Afinal, foi tão importante em 2020! Recebi tantas e tantas mensagens de ouvintes comentando que ouvir os casos surreais e participar das lives trazia um conforto em meio a tudo que estamos vivendo com a pandemia.
Então, pra que a edição do #AgostoSurreal de 2021 aconteça e a gente possa desfrutar mais uma vez juntes, eu convido você a assinar um plano mensal a partir de R$7,00. Acesse apoia.se/bfsurreais.
Além de ser coprodutor dessa programação, você ainda pode participar da comunidade que se encontra diariamente pelo WhatsApp e uma vez por mês pelo Zoom. Saber de babados do backstage, alguns casos surreais extras, surpresinhas como canecas, adesivos, cartinhas, e tudo mais que eu tiver de ideia por aí (e de uma cabeça que tem como ideia fazer 31 dias seguidos de episódios, já dá pra ter uma ideia do que pode vir por aí, né?).
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